Parabéns por seu trabalho! Descobrí-la na Bienal Naif 2004, em Piracicaba, é uma grande satisfação.
Suas pinturas, conforme observo também em sua casa, contém um embalo suave, doce, repleto de uma alegria que contagia a todos. Continue nesse caminho, mesclando tão bem as cores e as formas com essa lírica palheta, que tranporta-nos a outros ares, terras,lugares distantes.
Parabéns Renata, por sua inocente e espontânea criação e que sua arte prossiga transmitindo lições sobre o belo no simples, o simples no belo, a arte na vida, a vida na arte. 
Parabéns, Renata!

Paulo Klein
Crítico de Arte

 

A PINTURA DE RENATA KESSELRING

Renata Kesselring é uma pintora. Mas não apenas uma pintora: ela é uma artista. E isso porque ela não apenas preenche o espaço branco de uma tela com tintas reproduzindo o que vê ou eventualmente interpretando aquilo que está  à sua volta.

  Ela é uma artista porque é uma criadora, uma inventora de formas, cores e de ritmos na superfície plana do papel ou da tela. Ela não reproduz o universo que a circunda, mas produz um outro universo, pictórico, que brota de sua cultura e sensibilidade.

Renata se referencia no real ou na própria arte, que funcionam como ponto de partida para sua viagem intelectual e artística. Por isso sua arte tem a marca do pessoal do novo. Pessoas, animais e coisas se transfiguram em suas telas e o resultado plástico é convincente.

Enock Sacramento

Crítico de arte

 

UM OLHAR AMÁVEL (06/04/2018)

A arte é um diálogo com o mundo e cada criador pode conversar com ele à sua maneira. Nascida em 1974, a paulistana Renata Kesselring realiza esse processo de por meio de dois procedimentos visuais: a cor e a alegria. Ambas são articuladas de maneira a gerar obras que transmitem bom humor.

Ao se contemplar os seu trabalhos, de diversas temáticas, mas com uma presença recorrente da natureza (árvores e pássaros), animais de grande porte (cavalos, leopardos, tigres, onças) ou vasos de flores, é quase impossível não esboçar um sorriso de contentamento ou de satisfação. A vida parece ganhar ali um sentido, diferente e misterioso para cada um.

As pinturas e aquarelas de Renata oferecem uma peculiar e particular entendimento do mundo. Cada obra constitui uma espécie de narrativa, pois sugere uma ação anterior e uma posterior. A imagem que vemos é uma espécie de frame, um ponto congelado de uma história que teve desenvolvimento anteriores e terá posteriores.

O desenvolvimento dessa poética visual de Renata Kesserling se dá pelo uso das tonalidades, geralmente quentes, para destacar elementos. As composições possuem um certo mistério a nos indagar como a artista realiza suas interpretações, com um sorriso no rosto e um olhar simpático e amável para uma realidade que nem sempre nos dá uma devolutiva semelhante.

Oscar D'Ambrosio, mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, é doutor em Educação, Arte e História da Cultura.